segunda-feira, outubro 15, 2012

O DIA EM QUE A SOCABA DEBUTOU

Por Everaldo Pereira Frade
Rio de Janeiro, 12 de outubro de 2012.

A Sagrada Ordem dos Cavaleiros do Bar - SOCABA completou neste último final de semana 15 anos de idade. Os vários eventos comemorativos confirmam a vitalidade da confraria, ao mesmo tempo que refletem a principal característica da mesma que é juntar pessoas, reforçar amizades e diminuir distâncias.

Que venham os próximos 15, um de cada vez, por que ninguém é de ferro. Abaixo um resumo da festa.

A FESTA DA SOCABA
Ponto alto das comemorações, o evento ocorrido no Largo da Prainha/RJ superou as expectativas. Compareceram cerca de 70 pessoas, apesar do mau tempo tipicamente curitibano, como Jonas (PR) ressaltaria depois.

Entre os presentes, gente de outras partes e de outros tempos, compondo um mosaico interessante dos vários períodos da SOCABA.

De fora, socabanos tais como Fábio, inacreditavelmente vindo de ônibus de Macapá/AP, Lolita, de Rondônia, Astral, Ale e outros, de Salvador, Milena e Márcio Cuca, de Vitória/ES, Anderson, Thiago e mais alguns, de Belo Horizonte/MG, tinha uma galera da UERJ, estudantes, que vieram fazer divulgar a realização do ENEH 2013, e, por fim, capitaneados por Rogério, alguns paulistas (confesso que não consegui gravar o nome de todos e de todas, efeito do uso continuado de álcool ou talvez da idade provecta).

Teve também a mesa dos cardeais da confraria, cuja cabeceira era ocupada pelo ex-imperador Chico Araripe. Nada mais nada menos que 7 fundadores ou arregimentados de primeira hora (Chico, Cebola, Pedro, Benito, Mauro, Bárbara e eu).

Novas histórias foram contadas, velhas histórias foram relembradas e, acima de tudo, novos encontros foram marcados. Completando esse rol, das pessoas que fazem parte desse grande grupo de amigos, apareceram Roberta, Alysson, Bruno Babilônia, Leo Paraná, Queisse, Gal e Rodrigo Volverine.

Como em todo baile de debutantes, a cerimônia pedia um discurso e o orador escolhido foi Chico Araripe. Emocionado e ligeiramente “trêbrado”, o mesmo fez um breve relato sobre a fundação da SOCABA, onde destacou a sua principal virtude, que é o poder de reunir as pessoas, exaltando também o papel de Renato Motta, Madureira e Rogério na expansão da confraria, embora confessasse que a princípio era contra.

Aproveitei a oportunidade para lembrar que a SOCABA sempre foi extrovertida, politizada e gregária, constituindo um espaço para a discussão sobre vários assuntos, sempre regadas a cerveja, né?.

Completando as informações sobre a festa, foram consumidos 300 latões de cerveja, muitas porções de calabresa, provolone e caldinhos. Faltou a “marvada”, requisitada por alguns e perseguida por outros que saíram numa expedição para encontrá-la.

A missão não obteve êxito, pois, por causa do feriado e da hora avançada, a maioria dos botecos já tinha fechado e o precioso líquido não foi encontrado. Vendemos 30 camisas, sendo que a boa parte dos compradores passou a trajá-las imediatamente.
Enfim, Babilônia completa. Ou quase completa.

Faltava o gran finale, e este veio, lá por volta das três da manhã, com o desabamento parcial de dois sobrados no largo da Prainha, exatamente em frente ao local da festa. Na hora cerca de 10 abnegados bebedores ainda se encontravam no salão: eu, Mimi, Babilônia, Pedro, Pablito, Madureira, Jonas, Ricardo Astral, duas paulistas, Palestino (UERJ/FFP), Eduardo (dono do salão) e o DJ.

Tomamos um susto danado, mas felizmente ninguém se machucou pois os imóveis estavam desocupados. Foi a deixa para eu pedir para o DJ desligar o som. No entanto, por conta do avançado da hora, continuamos no recinto detonando os últimos latões e aguardando a chegada dos repórteres e do corpo de bombeiros.

Resumo da ópera: Astral acendeu um charuto fedorento que fez a Mimi passar mal; apareceu um morador para acompanhar o trabalhos das tvs trajado apenas de sunga, apesar da chuva fina e do frio; Pablito de longe confundiu o morador de sunga com uma mulher, por causa dos cabelos longos do dito cujo, foi conferir de perto e voltou contrariado.

Palestino, como um árabe em frente a uma embaixada americana, fez um discurso sobre o descaso da prefeitura, ressaltando que estava muito triste com o que ocorreu, no que foi acompanhado de sonoras risadas da nossa parte; um calouro da UERJ/FFP surgiu no salão após ficar mais de 40 minutos no banheiro, não sabemos se tinha ficado preso ou se tinha dormido; Madureira ainda teve tempo de “traçar” uma das paulistas atrás da mesa de som.

A principal frase desse final de madrugada foi “a casa caiu”, o que representou metaforicamente tudo que aconteceu na noite.

Nos encontraremos na comemoração dos 18 anos, a festa da maioridade.
Babilônia irmãos!!!!!